quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MARTA OU MARIA-ESCOLHA A BOA PARTE! “... Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”
(Jesus Cristo, Evangelho segundo Lucas 10: 41-42)
Jesus chegou a um povoado juntamente com seus discípulos, nessa ocasião certa mulher de nome Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Mestre ouvindo a palavra do mesmo. Aquela, por sua vez, estava ocupada com muito serviço e perguntou a Ele se não se importava com o fato dela estar fazendo tudo sozinha enquanto a irmã permanecia ali acomodada. Já sabemos qual a resposta do Messias. Ele afirmou que Maria havia escolhido a melhor parte.
Marta é um retrato do ativismo em que se encontra a sociedade atual, e isso infelizmente tem feito parte da vida dos cristãos também. Quantas vezes não ouvimos o termo “ativismo religioso” em diversas pregações? Temos sido vítimas desse mal que tanto nos impede de pararmos para estar com Deus assim como Maria. Certamente a intenção daquela em fazer e servir não era errada, ela apenas não compreendeu que o momento em que se encontrava não era para tal, não priorizou o que deveria ser o principal: estar com Jesus e desfrutar de Sua presença. Já esta, sabia bem o que era verdadeiramente fundamental.
Não que o fazer seja errado, de maneira alguma! Não foi esse o ensinamento de Jesus. Aquele que não faz se torna inútil e infrutífero. O importante é sabermos o que deve ser prioritário. Vejamos o contexto em que essa história se desenvolve: O Mestre, tão desejado por muitos, estava na casa de Marta e esta não estava mensurando o quão maravilhoso era aquilo. O Messias não entrava em muitas casas pelo fato de sempre estar acompanhado de grandes multidões. Mas certamente aquela era uma ocasião especial, e ele fez questão de ir a casa dela. Talvez o serviço que esta estava fazendo era para o próprio Cristo, cozinhando algo para que ele comesse. Infelizmente ela não escolheu desfrutar da comunhão.
O serviço para Deus é tão importante quanto o relacionar-se com Ele. Porém, aquele é uma conseqüência deste. Vemos isso na vida dos discípulos: o Mestre os chama, os ensina, caminha com eles e por último quando estava prestes a voltar para a sua morada celestial os ordena a irem e fazerem outros discípulos. Estes não foram comissionados antes de andaram com Jesus e o conhecerem pessoalmente. O Messias esta nos ensinando que devemos antes de fazermos, estarmos. É preciso estar com Deus para depois fazer algo para Ele.
Maria estava querendo ser amiga de Jesus, conhecê-lo e ouvi-lo. Marta estava agindo apenas como uma serva, fazendo algo para Ele. Jesus não quer que sejamos apenas seus servos, mas que sejamos seus amigos. Ele quer se revelar a nós em secreto, deseja nos mostrar coisas grandes e ocultas que não sabemos. Porém, para isso é preciso que deixemos o ativismo e o muito fazer de lado. Temos que escolher a boa parte assim como aquela mulher. E desfrutarmos da doce e maravilhosa presença do Salvador, ouvindo o que Ele tem para compartilhar conosco.
No amor de Cristo,
Rafael Lira.

sábado, 8 de outubro de 2011

O QUE ISSO SIGNIFICA PRA VOCE?

Ter uma mentalidade espiritual é ter gozo e paz. Mas se pararmos
para pensar em estatísticas, poderemos ficar bem preocupados. Leia
os dados que se seguem, e veja se não dá vontade de chorar.

Japão — o governo da nação afirma que a população já passa da
casa dos 120 milhões, e está crescendo ao ritmo de 1.100.000
pessoas por ano. Isso quer dizer que o número de não-convertidos
aumentou em cinco milhões, nos últimos cinco anos. Coloque esse
dado em sua lista de oração.

Coréia — a população desse país é de cerca de 42 milhões,
constituída em grande parte de refugiados, flagelados e famintos.
Índia — na Índia há milhões e milhões de pessoas no vale da
sombra da morte.

Oriente Médio — aí há mais de um milhão de refugiados árabes.

Europa — nesse continente, até há alguns anos, existiam cerca de
onze milhões de refugiados políticos e de indivíduos que, devido à
guerra, se achavam distantes de sua pátria. Que situação triste!

China — em Hong Kong também há milhões de refugiados que
escaparam da China comunista, e vivem em condições miseráveis.
E para aumentar nossa responsabilidade, basta lembrar que há
cerca de 20 milhões de judeus, 350 milhões de muçulmanos, 200
milhões de budistas, 350 milhões de confucionistas e taoístas, 500
milhões de hindus, 100 milhões de shintoístas e milhões e milhões de
adeptos de outras seitas, pelos quais Cristo morreu, e que ainda não
receberam a mensagem do evangelho.

Até mesmo nos Estados Unidos existe em torno de 50 milhões
de jovens com menos de vinte e um anos que não estão recebendo
os ensinamentos de Deus, e cerca de dez mil cidades de pequeno
porte onde não há um templo evangélico. Quase um milhão de pessoas
morre sem Cristo semanalmente, em todo o mundo.

Isso não significa nada para você?

Não olhe para as circunstâncias!

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e Ele tudo fará.” (Sl. 37:5)
Nós, como seres humanos, temos a tendência de sempre olharmos para as circunstancias da nossa vida e reagirmos a ela de maneira positiva ou negativa, conforme se apresentam a nós. Quando é algo ruim nos amedrontamos ou nos apavoramos, sentimos insegurança e ansiedade. Queremos que as coisas voltem ao normal, e muitas vezes tomamos partido nisso. Quando é algo positivo, cremos que isso é sinal de que está tudo bem e que nada precisa ser mudado.
Quando lemos o versículo citado mais acima, presenciamos o salmista fazendo um apelo a entregarmos o nosso caminho ao Senhor e a confiarmos Nele que tudo faz. O salmista sabia certamente sobre quem estava falando, sentimos essa convicção pela própria conotação que ele dá as palavras. Gostaria que nos atentássemos para a última parte do versículo. A afirmação “Ele tudo fará”, nos transmite uma sensação de segurança e do domínio soberano de Deus sobre toda e qualquer situação. E isso nos traz uma certeza de quem realmente Ele é.
No momento em que o próprio Deus declarou “Eu Sou”, Ele eliminou toda e qualquer hipótese de falibilidade ou incapacidade em Sua pessoa. Ele estava querendo comunicar ao Homem o seu poder supremo sobre todas as esferas da sociedade e sobre aquilo que acontece debaixo do Sol. O que realmente precisamos entender é que Ele reina em tudo e todos, nada acontece sem a Sua permissão. Tudo o que ocorre em nossa vida tem o devido consentimento Dele. Sejam as coisas boas e pacíficas, sejam as más e dolorosas.
O que precisamos verdadeiramente compreender é como vamos lidar com essas circunstancias, de modo que elas não venham condicionar o nosso estado emocional e espiritual. Se pararmos para pensar, quantas vezes nos intimidamos e deixamos de confiar em Deus por conta de uma dificuldade que estamos enfrentando? Pensamos que Deus não está nesse negócio e que é coisa do diabo. Sendo que em diversos momentos o Senhor nos permite passar por aquilo para nos ensinar algo. Temos que entender que para todas as coisas há um propósito debaixo do céu, não existe acaso, se algo sucedeu é porque há uma finalidade.
No momento em que compreendermos a proporção da grandeza do Deus que tudo faz, não mais nos abalaremos por conta da tempestade que está vindo sobre o nosso barco, mas teremos a certeza de que Jesus está nele e isso basta! Precisamos desenvolver a nossa confiança colocando-a em prática nos momentos em que formos tentados a nos desesperarmos ante as adversidades. Os nossos olhos precisam estar fitos Nele, porque é Dele que vem o nosso socorro. Se o que vemos nos oprime, o que declaramos nos liberta, portanto proclamemos que confiamos naquele que é Soberano.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Os discípulos o abandonaram

Ao lermos o texto bíblico que descreve o momento em que Jesus é preso (Mt 26:45-56), presenciamos Judas Iscariotes entregando-O aos soldados com um beijo. Normalmente, quando lemos essa narração, nos atentamos mais para a atitude do traidor. Porém, hoje veremos a outra parte da história que é tão importante quanto essa.
No capítulo 26, verso 56b, do Evangelho segundo Mateus está escrito: “Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram”. Como podemos perceber os discípulos, no momento em que Jesus estava para ser preso, o deixaram. Ou seja, eles literalmente largaram o seu mestre a sós. A atitude deles poderia ter sido diferente, se tivessem se arriscado a serem levados com aquele. Algum deles poderia ter dito que se o Cristo fosse acorrentado ele também seria, não o recusando independentemente do que poderia lhe acontecer.
Sabemos que tudo isso aconteceu com Jesus porque estava determinado antes mesmo da fundação do Mundo. Se os discípulos se oferecessem para serem aprisionados com o Messias ou para sofrerem crucificação assim como Ele, isso não modificaria o que já estava predestinado. Jesus morreria na cruz da mesma forma. Porém, o que estou tentando levar-nos a refletir é no fato de que os discípulos não estavam dispostos a pagar esse preço. Eles já sabiam que o mestre morreria, pois este mesmo já os havia dito isto. E mesmo tendo em vista esse sofrimento, eles o deixaram.
Será que nós, muitas vezes, não temos fugido de padecer por e com Cristo? Porque sabemos que se sofremos, com Ele sofremos, pois seu Espírito habita em nós. Será que não o temos abandonado por conta do medo das circunstâncias a nossa volta? Porque o que atemorizou os discípulos não foi o que seria feito com Jesus, mas o que poderia acontecer a eles se permanecessem ali. Se eles realmente estivessem se importando com Jesus, não o teriam deixado. Quantas vezes temos fugido por medo do que nos possa acontecer se os nossos adversários vierem contra nós? Corremos ao invés de continuarmos firmes, pois não cremos que o Senhor está conosco e que nenhum mal nos sucederá.
Precisamos compreender que não são nas grandes coisas que nós, discípulos, abandonamos o Mestre. São nas pequenas que nós falhamos e sem perceber nos afastamos da Sua presença. Certamente aqueles apóstolos ficaram arrependidos por terem deixado Jesus no momento em que Ele mais precisou de suas companhias. Será que temos reconhecido todas as vezes que nos acovardamos deixando de ir com o Messias aonde quer que Ele vá?
No amor de Cristo,
Rafael Lira.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NÃO EXISTEM SUPER CRENTES!

Você já se pegou pensando que era alguém muito espiritual? Já se achou alguém forte o bastante para resistir ás tentações e ao pecado pelas suas próprias forças? Já se deparou condenando alguém por um pecado que este cometeu sem chegar a conclusão que você está sujeito ao mesmo erro? Quero convidá-lo a refletir comigo a respeito dessas questões, e de como podemos vencer esse “pseudo-cristianismo” que tanto nos assedia. Vamos mergulhar por um instante nas Escrituras Sagradas e ver o que Deus nos ensina a respeito.
Na primeira carta de Paulo aos Coríntios no capítulo 10, verso 12 diz: “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!”. O apóstolo está nos exortando a vigiarmos em todo tempo para que não sejamos pegos de surpresa pela nossa própria cobiça e pelas investidas do diabo. Então, podemos entender a partir desse princípio que todos nós estamos sujeitos a queda, é isso mesmo, todos nós podemos cair na armadilha do pecado. Ninguém está, de fato, isento do erro e da sua própria carne (“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”-Romanos 3: 23), até mesmo aqueles que se julgam santos.
Diversas vezes caímos no erro de compararmos o nosso pecado com o do outro, e estabelecemos medidas inexistentes á luz da palavra de Deus. Dizemos que o pecado de fulano é mais grave que o nosso, e por isso nos julgamos mais dignos de aceitação perante o Senhor. Em nosso coração consideramos o próximo como um leproso que deve ser afastado de tudo e de todos. Utilizamos parâmetros injustos e aplicamos punições, como se penitências pudessem trazer o perdão e a restituição ao Homem. Deixamos de lado o fato de que só Ele é o Justo Juiz, e aquele que redimi o ser humano de sua iniqüidade.
Certa vez Jesus estava pregando a um grupo de pessoas que foram até ele, e chegaram ali naquele lugar alguns fariseus e escribas com uma mulher que havia sido apanhada em adultério. Aqueles homens questionaram Jesus a respeito do que deveria ser feito com esta, já que na lei de Moisés ordenava que tal deveria ser apedrejada. O fim da história todos nós sabemos, o Mestre diz que aquele que não tivesse pecado que atirasse a primeira pedra. Será que essa situação que acabamos de ver não se repete em nossas igrejas todos os dias? Quantas vezes exercemos o papel do diabo e usamos a própria Bíblia de maneira errônea para acusarmos o nosso irmão? Queremos tirar o cisco do olho do outro sem nos atentarmos para a trave que está no nosso.
Precisamos parar de agir como se não fizéssemos parte de um reino de amor,justiça e paz. Temos que entender o que a cruz de Cristo representa para nós. A nossa redenção não veio por nosso mérito, a morte de Jesus foi para nos salvar daquilo que realmente merecíamos: a condenação eterna. Foi o amor Dele pela humanidade que O fez deixar toda sua glória e majestade. Portanto, se afirmamos sermos seus discípulos devemos agir como Ele agiria com um pecador. Certamente o Senhor não o acusaria, nem o deixaria abandonado. Que possamos ter a consciência de que não existem super crentes. Existem humanos que necessitam da graça de Deus a todo instante, e todos nós nos incluímos nesse pacote.
No amor de Cristo,
Rafael Lira.

sábado, 27 de agosto de 2011

Quante vale Jesus?

Você já parou para pensar em quanto Jesus vale para você? Qual a importância que Ele tem em sua vida? O quão fundamental é para você relacionar-se com Ele? Se nos atentarmos para dois textos bíblicos que se encontram no Evangelho segundo Marcos (Mc. 10: 17-31; Mc. 14: 3-9), vemos duas histórias de pessoas que tiveram um encontro com Jesus, mas reagiram de forma diferente uma da outra. Elas se posicionaram de maneira oposta uma da outra.
A primeira delas diz respeito a um jovem rico que ao encontrar com Jesus o indaga quanto ao que deveria ser feito para que pudesse herdar a vida eterna, e o mestre então o responde com uma citação dos mandamentos. O jovem por sua vez afirma ser cumpridor destes desde sua adolescência. Diante disso, o Senhor percebeu qual a real necessidade daquele rapaz: este cumpria a lei de Deus, mas não tinha um relacionamento sincero com Ele, não entendia o valor que Jesus deveria representar na vida de um cristão.
Na segunda história vemos uma postura completamente oposta da personagem que se encontra com Jesus em relação á anterior. Desta vez a história termina com uma mulher quebrando um vaso de alabastro contendo um perfume muito caro sobre a cabeça de Jesus. Esse relato nos mostra o quão Jesus era importante para a vida dessa adoradora. Ela realmente compreendia quem era aquele a quem ela estava ungindo. O valor daquele bálsamo era irrelevante para ela, o que realmente significava era quem Jesus representava para tal.
Ao analisarmos ambos os textos, podemos refletir a respeito da importância que damos ao nosso relacionamento com o mestre. O primeiro personagem certamente não havia entendido qual a essência do evangelho e o que realmente tem valor em servir a Cristo. O cumprimento da lei não é o principal, mas por quem fazemos isso é o que realmente vale. A mulher, por sua vez, nos transmite um ensinamento essencial: ela amava ao Senhor intensamente ao ponto de transformar isso em um ato de bravura e ousadia. Não levando em conta a indignação que poderia sofrer da parte das pessoas que estavam presentes no momento.
Que possamos tomar como exemplo essa mulher e abrirmos mão do nosso apego pelas coisas e pessoas, demonstrando assim que o Senhor representa para nós o preço da nossa própria vida. Que não nos importemos com nossa reputação nem com a nossa ostentação pessoal. Que sejamos capazes se preciso for de renunciar o nosso status e bem estar por Ele, e digamos: “Senhor, Tu és o meu bem mais precioso. Não há outro em minha vida além de Ti!”
Rafael Lira
CTMDT 2011.