sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NÃO EXISTEM SUPER CRENTES!

Você já se pegou pensando que era alguém muito espiritual? Já se achou alguém forte o bastante para resistir ás tentações e ao pecado pelas suas próprias forças? Já se deparou condenando alguém por um pecado que este cometeu sem chegar a conclusão que você está sujeito ao mesmo erro? Quero convidá-lo a refletir comigo a respeito dessas questões, e de como podemos vencer esse “pseudo-cristianismo” que tanto nos assedia. Vamos mergulhar por um instante nas Escrituras Sagradas e ver o que Deus nos ensina a respeito.
Na primeira carta de Paulo aos Coríntios no capítulo 10, verso 12 diz: “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!”. O apóstolo está nos exortando a vigiarmos em todo tempo para que não sejamos pegos de surpresa pela nossa própria cobiça e pelas investidas do diabo. Então, podemos entender a partir desse princípio que todos nós estamos sujeitos a queda, é isso mesmo, todos nós podemos cair na armadilha do pecado. Ninguém está, de fato, isento do erro e da sua própria carne (“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”-Romanos 3: 23), até mesmo aqueles que se julgam santos.
Diversas vezes caímos no erro de compararmos o nosso pecado com o do outro, e estabelecemos medidas inexistentes á luz da palavra de Deus. Dizemos que o pecado de fulano é mais grave que o nosso, e por isso nos julgamos mais dignos de aceitação perante o Senhor. Em nosso coração consideramos o próximo como um leproso que deve ser afastado de tudo e de todos. Utilizamos parâmetros injustos e aplicamos punições, como se penitências pudessem trazer o perdão e a restituição ao Homem. Deixamos de lado o fato de que só Ele é o Justo Juiz, e aquele que redimi o ser humano de sua iniqüidade.
Certa vez Jesus estava pregando a um grupo de pessoas que foram até ele, e chegaram ali naquele lugar alguns fariseus e escribas com uma mulher que havia sido apanhada em adultério. Aqueles homens questionaram Jesus a respeito do que deveria ser feito com esta, já que na lei de Moisés ordenava que tal deveria ser apedrejada. O fim da história todos nós sabemos, o Mestre diz que aquele que não tivesse pecado que atirasse a primeira pedra. Será que essa situação que acabamos de ver não se repete em nossas igrejas todos os dias? Quantas vezes exercemos o papel do diabo e usamos a própria Bíblia de maneira errônea para acusarmos o nosso irmão? Queremos tirar o cisco do olho do outro sem nos atentarmos para a trave que está no nosso.
Precisamos parar de agir como se não fizéssemos parte de um reino de amor,justiça e paz. Temos que entender o que a cruz de Cristo representa para nós. A nossa redenção não veio por nosso mérito, a morte de Jesus foi para nos salvar daquilo que realmente merecíamos: a condenação eterna. Foi o amor Dele pela humanidade que O fez deixar toda sua glória e majestade. Portanto, se afirmamos sermos seus discípulos devemos agir como Ele agiria com um pecador. Certamente o Senhor não o acusaria, nem o deixaria abandonado. Que possamos ter a consciência de que não existem super crentes. Existem humanos que necessitam da graça de Deus a todo instante, e todos nós nos incluímos nesse pacote.
No amor de Cristo,
Rafael Lira.