domingo, 18 de novembro de 2012

A Igreja Cristã (fragmento do texto)

Por Charles H. Spurgeon

A Igreja de Deus é um jardim, assim chamada no livro de Cantares de Salomão; portanto, sei que não estamos errados em usar esta ilustração. Mas o que representa um jardim?
Em primeiro lugar, ele implica separação. Um jardim não é uma terra nãocultivada, um matagal, uma terra pública, nem tão pouco um deserto. Ele é cercado ao redor; está encerrado ali. Ah, cristãos! Quando vocês se unem a Igreja, lembrem-se, também, que se tornam, por profissão, guardados nela, para o Rei Jesus. Eu desejo, sinceramente, ver a parede de separação entre a Igreja e o mundo tornar-se mais ampla e forte. Creiam-me, nada me entristece mais do que quando ouço membros da Igreja dizendo: "Bem, não há nenhum mal nisto; não há mal naquilo", e vão se aproximando do mundo tanto quanto possível. Não importa o que você pense disto, mas estou certo que você está decaindo da graça até mesmo quando você levanta a questão de quão longe você pode ir à conformidade mundana. Devemos evitar a aparência do mal, e especialmente nesta época festiva do ano, este natal, quando tantos de vocês estão tendo suas festas, suas brincadeiras de crianças e todo aquele tipo de coisa. Eu queria vocês duplamente zelosos e recordados, membros de igreja, de que vocês são cristãos sempre, se de fato o são. Não podemos conceder dispensações ao pecado, como a Igreja Católica fez nos dias de Lutero. Vocês devem estar sempre vestidos com suas fardas, como soldados de Cristo, e nunca, em tempo algum, dizer: "Bem, eu vou fazer isto só agora; é somente uma vez no ano; farei como o mundo faz; não posso ficar fora de moda" . Você deve estar fora de moda, ou fora da Igreja verdadeira, lembre-se disto, porque o lugar da Igreja de Cristo é inteiramente fora dos costumes do mundo. Vocês são chamados para ir avante sem o regimento, suportando sua reprovação. Se você quer ficar no acampamento, você não pode ser um discípulo de Cristo, pois o amor do mundo é inimizade com Cristo. Você deve ser separado ou ser perdido. Se você quer ser comum, você não pode ser jardim; e se você está desejoso e ansioso para ser jardim, ora, então, não procure ser o comum. Mantenha as cercas levantadas; mantenha os portões bem trancados; os jardins do rei não devem ser deixados abertos para ladrões e salteadores. Não se conforme com o mundo, mas seja transformado pela renovação da sua mente. O jardim do Rei é um lugar separado - guarde isto.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


O TEMPO

O tempo... Ah... O tempo
Não o vemos, mas sabemos que ele existe.
Não o tocamos, mas percebemos que é concreto e real.
Nossa vida é pautada nele
Contamos os anos, os meses, os dias, os minutos, os segundos...
Somos, muitas vezes, por ele limitados e impedidos.

O tempo... Ah... O tempo
Nele nascemos, crescemos, vivemos
Nele comemos, bebemos, dormimos
Nele amamos, odiamos, casamos
Nele adoecemos, envelhecemos... Morremos.

O tempo... Ah... O tempo
Tão invisível, porém tão poderoso.
Tão passageiro, mas tão marcante.
Jamais cessa, sempre presente e precioso.

O tempo... Ah... O tempo
Será que alguém pode o resistir?
Alguém o controla, ou o limita?

O tempo... Ah... O tempo
Só Deus o pode dominar.

O tempo... Ah... Tu és o Senhor do tempo.


(Poema criado para a matéria de Arte e cultura )
Rafael Lira.


Ele se importa comigo, eu me importo com o outro

Vivemos num período onde o que tem imperado é o individualismo e a busca pelo prazer pessoal. O discurso é sempre em primeira pessoa: a minha felicidade, os meus problemas, os meus direitos. Raramente se vê alguém defendendo ou sequer falando do coletivo, do comunitário e do bem comum. Essa mentalidade egoísta tem adentrado até mesmo ás igrejas. As pessoas têm frequentado os cultos á procura de algo que possa completá-las individualmente.
Pouco importa se o problema do outro é maior que o nosso, se a dificuldade que ele tem enfrentado é grande demais para ser vencida sozinho. Se não nos diz respeito, simplesmente viramos as costas. Esquecemos-nos que certo dia um Homem se identificou conosco, levando sobre si todas as nossas dores. Ele não fez isso por obrigação, nem desencargo de consciência, apenas fez. Por amor, por compaixão, bondade e caridade. Sem pedir nada em troca Ele se doou para carregar nosso pesado fardo de culpa e pecado.
Quantas vezes somos impelidos a orar por alguém, ou a visitar uma pessoa que a muito tempo não vemos e que está enfrentando uma situação embaraçosa? Preferimos ficar limitados ao nosso mundo egocêntrico. Temos a tendência de sempre apresentarmos diante de Deus as nossas petições, e insistimos tanto nelas a fim de obtermos rapidamente as respostas de que tanto “necessitamos”. Afinal de contas, precisamos viver a vida em abundância que a Bíblia nos garante. Porém, não nos atentamos no fato de que essa vida deve ser vivida em prol do outro.
Novamente gostaria de me reportar a Jesus, esse Homem que tanto nos ensina com a sua forma de viver. Em todo tempo sua vida emanava serviço e altruísmo. Nunca houve em toda terra alguém que, como Ele, se doasse tanto pelo outro. Percebemos nitidamente isso no desenvolvimento de seu ministério. Diariamente Jesus expressava amor para com as pessoas a sua volta, não apenas aos discípulos, mas a multidão que o acompanhava. Seu coração era cheio de compaixão, literalmente sentindo a dor daquele que recorria ao seu auxílio.
Temos que nos sentir desafiados por esse exemplo de vida que nosso Mestre nos deixou. Nossas atitudes precisam refletir também esse amor pelas pessoas. Não nos importando apenas com o social, mas com o homem todo. Anulando nossos interesses pessoais em prol do benefício do outro. Parece ser tão difícil viver isso, mas devemos começar com simples demonstrações de serviço, estas totalmente regadas com o amor de Cristo derramado em nosso coração através de seu precioso Espírito Santo.

No amor de Cristo,
Rafael Lira.

domingo, 15 de julho de 2012

Judas ou Pedro, quem é você?



Temos aqui dois exemplos de homens que foram chamados por Jesus para caminharem ao lado do Mestre. Pedro, homem impetuoso, de gênio forte e explosivo. E Judas, o Iscariotes, que era o encarregado da bolsa do dinheiro (tesoureiro) dos apóstolos (Jo 12: 6) e a furtava. Ambos andaram com o Messias e presenciaram seus feitos e ensinamentos. Porém tiveram finais diferentes. Os dois em um determinado momento de sua vida traíram a Jesus. Porém seguiram por caminhos diferentes. Um foi pelo caminho do arrependimento (Lc. 22: 62), já o outro sentiu apenas um remorso e teve um trágico fim (Mt. 27: 3-5).
O que esses dois exemplos tem a ver com a nossa vida? Somos chamados para sermos testemunhas de Cristo, discípulos de Jesus, e como tal temos a missão de nos tornarmos como Ele. O discípulo verdadeiro gera frutos, e estes são de arrependimento (“Deem fruto que mostre o arrependimento!” Mt.3:8). Esse tal fruto nada mais é do que atitudes que condizem com alguém que segue a Cristo. Judas era alguém que andava com Jesus, porém não em Jesus. Ele estava com o Mestre, mas sem se permitir ser transformado e ensinado pelo mesmo.
Pedro, no início de sua caminhada com Cristo, era o discípulo que provavelmente dava mais “dor de cabeça” em Jesus. Porém, ele tinha um coração ensinável e se deixou ser tratado pelo Messias. A tal ponto do próprio Jesus incumbi-lo de apascentar as ovelhas (pastorear). Esse discípulo foi um exemplo de alguém que conheceu a Jesus profundamente, a tal ponto de ter sua vida transformada por Ele. Judas Iscariotes foi um discípulo que, assim como Pedro, andou com Jesus, porém não se rendeu ao agir do Mestre. Ele nunca se entregou a Cristo. Mas entregou o Cristo.
Quem anda com Jesus apenas como espectador não verá resultado algum em sua vida, mas quem anda em Jesus, como participante de seus milagres e ensinamentos, sofrerá uma transformação radical. Passando de um homem de pouca fé (Mt.14: 31) para alguém cheio de autoridade e unção(At.5:15). A nossa vida e atitudes precisam mudar a partir do momento que conhecemos verdadeiramente a Cristo. A conversão é real quando há transformação. Não é um título que determina quem somos. Mas, sim, nossa real identidade. Judas tinha o título de discípulo, porém nunca o foi. Não adianta carregar um nome se sua vida não fizer valer o mesmo. Nossas atitudes mostram se verdadeiramente somos cristãos. Aqueles que andam com Jesus refletem o caráter Dele. Cristo em nós!







segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pseudo discípulo
Ao analisarmos a vida de Judas Iscariotes e o fim da mesma, podemos perceber que ele andou o tempo todo com Jesus e os demais discípulos. Ele presenciou milagres, manifestações divinas e ouviu os ensinamentos do Mestre. Foi privilegiado por conhecer o Messias bem de perto e ser instruído por ele.
Mas, apesar de toda essa realidade, Judas não oportunizou esse tempo. Ele estava com Jesus mas não em Jesus. Ou seja, ele andou com o  Messias sem permitir ser transformado pelo mesmo. Ele carregava o nome de discípulo, estava entre os discípulos, porém não era de fato um deles.
Nós podemos tomar para nós o exemplo de Judas e avaliarmos a nossa vida. Será que temos ouvido de Jesus, andado com Jesus, visto Ele operar e, ainda assim, temos permanecido os mesmos? Será que temos permitido sermos moldados e transformados por Ele? Não basta andar com o Mestre, é preciso viver Nele!

Rafael Lira.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MARTA OU MARIA-ESCOLHA A BOA PARTE! “... Marta! Marta! Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”
(Jesus Cristo, Evangelho segundo Lucas 10: 41-42)
Jesus chegou a um povoado juntamente com seus discípulos, nessa ocasião certa mulher de nome Marta o recebeu em sua casa. Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Mestre ouvindo a palavra do mesmo. Aquela, por sua vez, estava ocupada com muito serviço e perguntou a Ele se não se importava com o fato dela estar fazendo tudo sozinha enquanto a irmã permanecia ali acomodada. Já sabemos qual a resposta do Messias. Ele afirmou que Maria havia escolhido a melhor parte.
Marta é um retrato do ativismo em que se encontra a sociedade atual, e isso infelizmente tem feito parte da vida dos cristãos também. Quantas vezes não ouvimos o termo “ativismo religioso” em diversas pregações? Temos sido vítimas desse mal que tanto nos impede de pararmos para estar com Deus assim como Maria. Certamente a intenção daquela em fazer e servir não era errada, ela apenas não compreendeu que o momento em que se encontrava não era para tal, não priorizou o que deveria ser o principal: estar com Jesus e desfrutar de Sua presença. Já esta, sabia bem o que era verdadeiramente fundamental.
Não que o fazer seja errado, de maneira alguma! Não foi esse o ensinamento de Jesus. Aquele que não faz se torna inútil e infrutífero. O importante é sabermos o que deve ser prioritário. Vejamos o contexto em que essa história se desenvolve: O Mestre, tão desejado por muitos, estava na casa de Marta e esta não estava mensurando o quão maravilhoso era aquilo. O Messias não entrava em muitas casas pelo fato de sempre estar acompanhado de grandes multidões. Mas certamente aquela era uma ocasião especial, e ele fez questão de ir a casa dela. Talvez o serviço que esta estava fazendo era para o próprio Cristo, cozinhando algo para que ele comesse. Infelizmente ela não escolheu desfrutar da comunhão.
O serviço para Deus é tão importante quanto o relacionar-se com Ele. Porém, aquele é uma conseqüência deste. Vemos isso na vida dos discípulos: o Mestre os chama, os ensina, caminha com eles e por último quando estava prestes a voltar para a sua morada celestial os ordena a irem e fazerem outros discípulos. Estes não foram comissionados antes de andaram com Jesus e o conhecerem pessoalmente. O Messias esta nos ensinando que devemos antes de fazermos, estarmos. É preciso estar com Deus para depois fazer algo para Ele.
Maria estava querendo ser amiga de Jesus, conhecê-lo e ouvi-lo. Marta estava agindo apenas como uma serva, fazendo algo para Ele. Jesus não quer que sejamos apenas seus servos, mas que sejamos seus amigos. Ele quer se revelar a nós em secreto, deseja nos mostrar coisas grandes e ocultas que não sabemos. Porém, para isso é preciso que deixemos o ativismo e o muito fazer de lado. Temos que escolher a boa parte assim como aquela mulher. E desfrutarmos da doce e maravilhosa presença do Salvador, ouvindo o que Ele tem para compartilhar conosco.
No amor de Cristo,
Rafael Lira.

sábado, 8 de outubro de 2011

O QUE ISSO SIGNIFICA PRA VOCE?

Ter uma mentalidade espiritual é ter gozo e paz. Mas se pararmos
para pensar em estatísticas, poderemos ficar bem preocupados. Leia
os dados que se seguem, e veja se não dá vontade de chorar.

Japão — o governo da nação afirma que a população já passa da
casa dos 120 milhões, e está crescendo ao ritmo de 1.100.000
pessoas por ano. Isso quer dizer que o número de não-convertidos
aumentou em cinco milhões, nos últimos cinco anos. Coloque esse
dado em sua lista de oração.

Coréia — a população desse país é de cerca de 42 milhões,
constituída em grande parte de refugiados, flagelados e famintos.
Índia — na Índia há milhões e milhões de pessoas no vale da
sombra da morte.

Oriente Médio — aí há mais de um milhão de refugiados árabes.

Europa — nesse continente, até há alguns anos, existiam cerca de
onze milhões de refugiados políticos e de indivíduos que, devido à
guerra, se achavam distantes de sua pátria. Que situação triste!

China — em Hong Kong também há milhões de refugiados que
escaparam da China comunista, e vivem em condições miseráveis.
E para aumentar nossa responsabilidade, basta lembrar que há
cerca de 20 milhões de judeus, 350 milhões de muçulmanos, 200
milhões de budistas, 350 milhões de confucionistas e taoístas, 500
milhões de hindus, 100 milhões de shintoístas e milhões e milhões de
adeptos de outras seitas, pelos quais Cristo morreu, e que ainda não
receberam a mensagem do evangelho.

Até mesmo nos Estados Unidos existe em torno de 50 milhões
de jovens com menos de vinte e um anos que não estão recebendo
os ensinamentos de Deus, e cerca de dez mil cidades de pequeno
porte onde não há um templo evangélico. Quase um milhão de pessoas
morre sem Cristo semanalmente, em todo o mundo.

Isso não significa nada para você?

Não olhe para as circunstâncias!

“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e Ele tudo fará.” (Sl. 37:5)
Nós, como seres humanos, temos a tendência de sempre olharmos para as circunstancias da nossa vida e reagirmos a ela de maneira positiva ou negativa, conforme se apresentam a nós. Quando é algo ruim nos amedrontamos ou nos apavoramos, sentimos insegurança e ansiedade. Queremos que as coisas voltem ao normal, e muitas vezes tomamos partido nisso. Quando é algo positivo, cremos que isso é sinal de que está tudo bem e que nada precisa ser mudado.
Quando lemos o versículo citado mais acima, presenciamos o salmista fazendo um apelo a entregarmos o nosso caminho ao Senhor e a confiarmos Nele que tudo faz. O salmista sabia certamente sobre quem estava falando, sentimos essa convicção pela própria conotação que ele dá as palavras. Gostaria que nos atentássemos para a última parte do versículo. A afirmação “Ele tudo fará”, nos transmite uma sensação de segurança e do domínio soberano de Deus sobre toda e qualquer situação. E isso nos traz uma certeza de quem realmente Ele é.
No momento em que o próprio Deus declarou “Eu Sou”, Ele eliminou toda e qualquer hipótese de falibilidade ou incapacidade em Sua pessoa. Ele estava querendo comunicar ao Homem o seu poder supremo sobre todas as esferas da sociedade e sobre aquilo que acontece debaixo do Sol. O que realmente precisamos entender é que Ele reina em tudo e todos, nada acontece sem a Sua permissão. Tudo o que ocorre em nossa vida tem o devido consentimento Dele. Sejam as coisas boas e pacíficas, sejam as más e dolorosas.
O que precisamos verdadeiramente compreender é como vamos lidar com essas circunstancias, de modo que elas não venham condicionar o nosso estado emocional e espiritual. Se pararmos para pensar, quantas vezes nos intimidamos e deixamos de confiar em Deus por conta de uma dificuldade que estamos enfrentando? Pensamos que Deus não está nesse negócio e que é coisa do diabo. Sendo que em diversos momentos o Senhor nos permite passar por aquilo para nos ensinar algo. Temos que entender que para todas as coisas há um propósito debaixo do céu, não existe acaso, se algo sucedeu é porque há uma finalidade.
No momento em que compreendermos a proporção da grandeza do Deus que tudo faz, não mais nos abalaremos por conta da tempestade que está vindo sobre o nosso barco, mas teremos a certeza de que Jesus está nele e isso basta! Precisamos desenvolver a nossa confiança colocando-a em prática nos momentos em que formos tentados a nos desesperarmos ante as adversidades. Os nossos olhos precisam estar fitos Nele, porque é Dele que vem o nosso socorro. Se o que vemos nos oprime, o que declaramos nos liberta, portanto proclamemos que confiamos naquele que é Soberano.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Os discípulos o abandonaram

Ao lermos o texto bíblico que descreve o momento em que Jesus é preso (Mt 26:45-56), presenciamos Judas Iscariotes entregando-O aos soldados com um beijo. Normalmente, quando lemos essa narração, nos atentamos mais para a atitude do traidor. Porém, hoje veremos a outra parte da história que é tão importante quanto essa.
No capítulo 26, verso 56b, do Evangelho segundo Mateus está escrito: “Então todos os discípulos o abandonaram e fugiram”. Como podemos perceber os discípulos, no momento em que Jesus estava para ser preso, o deixaram. Ou seja, eles literalmente largaram o seu mestre a sós. A atitude deles poderia ter sido diferente, se tivessem se arriscado a serem levados com aquele. Algum deles poderia ter dito que se o Cristo fosse acorrentado ele também seria, não o recusando independentemente do que poderia lhe acontecer.
Sabemos que tudo isso aconteceu com Jesus porque estava determinado antes mesmo da fundação do Mundo. Se os discípulos se oferecessem para serem aprisionados com o Messias ou para sofrerem crucificação assim como Ele, isso não modificaria o que já estava predestinado. Jesus morreria na cruz da mesma forma. Porém, o que estou tentando levar-nos a refletir é no fato de que os discípulos não estavam dispostos a pagar esse preço. Eles já sabiam que o mestre morreria, pois este mesmo já os havia dito isto. E mesmo tendo em vista esse sofrimento, eles o deixaram.
Será que nós, muitas vezes, não temos fugido de padecer por e com Cristo? Porque sabemos que se sofremos, com Ele sofremos, pois seu Espírito habita em nós. Será que não o temos abandonado por conta do medo das circunstâncias a nossa volta? Porque o que atemorizou os discípulos não foi o que seria feito com Jesus, mas o que poderia acontecer a eles se permanecessem ali. Se eles realmente estivessem se importando com Jesus, não o teriam deixado. Quantas vezes temos fugido por medo do que nos possa acontecer se os nossos adversários vierem contra nós? Corremos ao invés de continuarmos firmes, pois não cremos que o Senhor está conosco e que nenhum mal nos sucederá.
Precisamos compreender que não são nas grandes coisas que nós, discípulos, abandonamos o Mestre. São nas pequenas que nós falhamos e sem perceber nos afastamos da Sua presença. Certamente aqueles apóstolos ficaram arrependidos por terem deixado Jesus no momento em que Ele mais precisou de suas companhias. Será que temos reconhecido todas as vezes que nos acovardamos deixando de ir com o Messias aonde quer que Ele vá?
No amor de Cristo,
Rafael Lira.