Ele
se importa comigo, eu me importo com o outro
Vivemos num período onde o
que tem imperado é o individualismo e a busca pelo prazer pessoal. O discurso é
sempre em primeira pessoa: a minha felicidade, os meus problemas, os meus
direitos. Raramente se vê alguém defendendo ou sequer falando do coletivo, do
comunitário e do bem comum. Essa mentalidade egoísta tem adentrado até mesmo ás igrejas. As pessoas têm frequentado os cultos á procura de algo que
possa completá-las individualmente.
Pouco importa se o problema
do outro é maior que o nosso, se a dificuldade que ele tem enfrentado é grande
demais para ser vencida sozinho. Se não nos diz respeito, simplesmente viramos
as costas. Esquecemos-nos que certo dia um Homem se identificou conosco,
levando sobre si todas as nossas dores. Ele não fez isso por obrigação, nem
desencargo de consciência, apenas fez. Por amor, por compaixão, bondade e
caridade. Sem pedir nada em troca Ele se doou para carregar nosso pesado fardo
de culpa e pecado.
Quantas vezes somos
impelidos a orar por alguém, ou a visitar uma pessoa que a muito tempo não
vemos e que está enfrentando uma situação embaraçosa? Preferimos ficar
limitados ao nosso mundo egocêntrico. Temos a tendência de sempre apresentarmos
diante de Deus as nossas petições, e insistimos tanto nelas a fim de obtermos
rapidamente as respostas de que tanto “necessitamos”. Afinal de contas,
precisamos viver a vida em abundância que a Bíblia nos garante. Porém, não nos
atentamos no fato de que essa vida deve ser vivida em prol do outro.
Novamente gostaria de me
reportar a Jesus, esse Homem que tanto nos ensina com a sua forma de viver. Em
todo tempo sua vida emanava serviço e altruísmo. Nunca houve em toda terra
alguém que, como Ele, se doasse tanto pelo outro. Percebemos nitidamente isso
no desenvolvimento de seu ministério. Diariamente Jesus expressava amor para
com as pessoas a sua volta, não apenas aos discípulos, mas a multidão que o acompanhava.
Seu coração era cheio de compaixão, literalmente sentindo a dor daquele que
recorria ao seu auxílio.
Temos que nos sentir
desafiados por esse exemplo de vida que nosso Mestre nos deixou. Nossas
atitudes precisam refletir também esse amor pelas pessoas. Não nos importando
apenas com o social, mas com o homem todo. Anulando nossos interesses pessoais em
prol do benefício do outro. Parece ser tão difícil viver isso, mas devemos
começar com simples demonstrações de serviço, estas totalmente regadas com o amor
de Cristo derramado em nosso coração através de seu precioso Espírito Santo.
No amor de Cristo,
Rafael Lira.
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